top of page
Buscar

“FAINA” REÚNE OBRAS DOS ARTISTAS DALBER DE BRITO E JULIA GALLO NO MUSEU DE ARTES E OFÍCIOS, ATÉ 1º DE JUNHO


Com curadoria de Lorraine Mendes, mostra diálogo com acervo do Museu e

traz o trabalho manual como elemento forte

Até 1º de junho, o Museu de Artes e Ofícios , em Belo Horizonte, recebe a exposição FAINA , reunindo obras de Dalber de Brito e Julia Gallo , sob curadoria de Lorraine Mendes . A mostra nasce do encontro entre dois artistas que se unem à investigação sobre o fazer manual, o trabalho e a poesia. Suas obras, construídas a partir de gestos e materiais carregados de memória, dialogam diretamente com a essência do Museu de Artes e Ofícios: um espaço que resgata e preserva as histórias de trabalhadores e das cidades, evidenciando a potência das mãos na construção da cultura e da identidade.


Faina remete às práticas cotidianas que dão forma à existência. Para a curadora Lorraine Mendes, “Faina é a construção das memórias, o ressoar das vozes ancestrais que falam através do trabalho, da lida com a terra e com os rios, do cantar das aves ao amanhecer e do peso da noite ao cair. artistas”, relata. Na mostra, o diálogo entre Julia Gallo e Dalber de Brito se dá justamente nesse território do processo manual, do gesto que se escreve no tempo e no espaço.


Julia Gallo trabalha com o desenho como eixo central de sua prática. “São desenhos, porque eles têm um pensamento gráfico de linha, de construção de volume, mas são realizados em materiais diversos. Para mim é muito importante respeitar a natureza de cada material, suas possibilidades e seus limites. O carvão é muito mutável, tem essa sujeira meio indomável que te obriga a trabalhar exposição junto com ela. Os recortes de papel, por outro lado, já têm essa precisão do corte e outro tipo de textura. O alumínio oferece a possibilidade de trabalhar com relevo. Eles direcionam bastante as imagens e todos os trabalhos da têm em comum, há um casamento da imagem com o material que, para mim, é muito importante”, comenta a artista.


Dalber de Brito, por sua vez, atravessa diversas linguagens como esculturas e instalações para construir narrativas ligadas à memória e ao território. Sua obra evoca questões sobre pertencimento, identidade e resistência, e é profundamente influenciada pela cidade de Sabará e pelos processos manuais que utiliza para construir suas peças. "No meu trabalho artístico eu recorro a várias práticas manuais de ofícios, que para mim, ultrapassam o conceito do simples labor. A marcenaria, a ourivesaria, a costura, a lutearia são fazeres que sempre serviram no feitio da arte. Além disso, minha relação com vários materiais se dá a partir de vivências profissionais, como é o caso da madeira, tão presente em minhas obras. Os gestos do trabalhador se confundem aos gestos artísticos quase de maneira performativa. Para mim, expor meus trabalhos num museu com esse foco, como é o Museu de Artes e Ofícios, é também me relevante como trabalhador Uma alegria e também uma responsabilidade de ter minha obra associada a um acervo tão valioso. afirma.


O Museu de Artes e Ofícios como espaço expositivo amplia o diálogo entre arte e ofício, entre passado e presente. "Receber uma exposição é sempre um encontro. E, quando se trata de FAINA, esse encontro se torna um espelhamento. Como se o museu se autorizasse naquilo que chega, num diálogo entre o ontem e o agora. O labor diário, inscrito nas ferramentas, nos corpos e nos silêncios, encontra eco nos trabalhos de Julia Gallo e Dalber de Brito. O Museu, que abriga a história do trabalho, oferece agora a poética do fazer artístico como extensão dessa mesma narrativa", finaliza o gerente de cultura do SESI Cultura, Karla Bittar.




SERVIÇO:

FAINA

Dalber de Brito e Julia Gallo

Curadoria: Lorraine Mendes


Visitação: 29 de março a 1º de junho (Terça a sábado, das 11h às 17h)

Local: Museu de Artes e Ofícios (Praça Rui Barbosa, 600 - Centro, Belo Horizonte - MG)

Mais informações: https://www.instagram.com/museudearteseoficiossesi/


Sobre Julia Gallo

Julia Gallo (Rio de Janeiro, 1997) é artista visual, vive e trabalha em São Paulo. Seus trabalhos têm por procedimento central o desenho, seja como carvão riscando a tela, tesoura cortando papel ou mesmo sombras translúcidas projetadas no espaço. Gallo cria anatomias fictícias que dão forma a estados de ânimo específicos, dissolvendo a suposta dicotomia entre corpo e alma. Em seus trabalhos, criaturas indizíveis e gestos indecifráveis são vistas cenas em densas e inflamadas, cuja sensação provoca, simultaneamente, sensações familiares e mistérios envolventes.


Sobre Dalber de Brito

Dalber de Brito é artista visual multidisciplinar, investiga as relações ambíguas entre sabotado e sabotador na guerrilha de classes na sociedade contemporânea através de suas remanescências coloniais. Movimentos diaspóricos, exílios, fugas e migrações atravessam seu trabalho como comentário a uma violência latente que perdura. Suas obras são marcadas pelas relações espaciais que remetem a território e memória, através de objetos, esculturas, filmes, performances e instalações. Sua pesquisa e produção são afetadas por seu corpo – preto – e seu território – ao mesmo tempo subúrbio e cidade mineira; na confluência entre terrorismo bandeirante e misticismo popular, colonialidade e contracolonialidade.


Sobre Lorraine Mendes

Lorraine Mendes é professora, pesquisadora e curadora. Doutoranda em História e Crítica da Arte pelo PPGAV UFRJ, fez curadorias como Dos Brasis: arte e pensamento negro (SESC SP) e Tempo das coisas , individual de Rosana Paulino para Mendes Wood DM (Bruxelas). Atualmente integra a equipe curatorial da Pinacoteca de São Paulo.




Mayra Lopes | Doizum Comunicações mayralopes@doizum.com


+55.31.99795.0364


Rua Antônio de Albuquerque, 377, sl. 8, Savassi, BH, MG


www.doizum.com | facebook.com/DoizumCom

 
 
 

Comentários


Rolê com Fish
  • Instagram
  • Facebook
  • LinkedIn
  • TikTok
Copyright ©RONALDOFISH | 2024 - Todos os direitos reservados.
 
bottom of page